SONETO DO FIM PROCURADO
É-me morada amor de longa data,
e assim, tirar valor de qualquer preço,
suavizar a dor, coisas do avesso
no reviver de um pôr-do-sol, sonata.
Que alma procure cor, moldes de gesso
não aprisionem flor, arma acrobata,
alma capitã-mor na serenata,
que lute por calor, cada começo.
Se eu voltasse dez anos nesta luta
levaria em nocaute este eu domando,
ao que a humanidade me foi bruta
e que a vida se aprende caminhando,
não num tubo de ensaio sem labuta,
mas na arte do objetivo procurando.
Udo
Enviado por Udo em 05/05/2018
Alterado em 05/05/2018