SONETO DO REDEMOINHO D'ALMA
Quis das pegadas próprias do caminho
entender as paixões dos olhos cegos,
conquistados e tolos, alma em pregos,
e fazendo da vida o seu brejinho.
Pelo quotidiano, baile de egos,
e noss'alma tirar do redemoinho,
e declamando o Santo Pergaminho
p'ra que nunca sejamos dele pegos.
Depurar as pegadas criam força
p'ra antecipar o enredo do combate,
não permitir que a Luz em nós distorça.
Neste Vale de Lágrimas, resgate
em cada eu fugiente que reforça
o seu Eu no profundo e certo embate.
Udo
Enviado por Udo em 22/04/2018