SONETO A CARLOS LACERDA
Pela forma das falas, seu arranjo,
pelas colas da Lógica, o furor,
que fixas na Gramática, um cursor,
que guiava Retórica em seu banjo.
A música não era de cantor,
mas de quem provocava desarranjo,
e qualquer presidente, já marmanjo,
quedava porque ele era castrador.
Na nossa era, Lacerda, um esquecido
e sequer por memória o trazem vivo,
deixando o povo sempre emburrecido.
Foi comunista e viu todo o motivo
para não crer naquilo: alvo e delito,
sendo conservador, um morto arquivo.
Udo
Enviado por Udo em 29/03/2018