SONETO DO SOPRO DE UM CLARIM
E do cheiro, sentir o toque perto
De ti, da pele, enfim, nos apertando.
Como o melhor abraço nos colando,
No peito se apercebe todo aberto.
Dos olhos fosse aquele brilho certo
E na maior palavra se embalando.
Apogeu desta sílaba se inflando,
Nos lábios acabar com o deserto.
Num preparo d'amor que em mim se estende,
De querer-te bem mais e tanto assim
Que a desejada Vênus não se ofende.
E no breve momento o beijo prende,
E dentro d'alma o sopro de um clarim,
Que nada entende e só amor apreende.
Udo
Enviado por Udo em 01/09/2017