SONETO DO VIVER DORAVANTE
Pensar tão logo possa no que dura,
a fim de tê-lo pela eternidade,
não ligando jamais sobre a idade
e fundando em nós, louca e sã ternura.
Que viver é buscar o que perdura
e pôr no breve toda infinidade.
Pois no tempo do beijo, imensidade.
De joelhos estou por minha jura.
E assim sendo no eterno, que é aparente.
Faça-me deste sonho um adorante.
Quem nestes olhos viu-se loucamente.
E por assim dizer, um novo amante,
que dorme com o SOL lá no poente
e ama cada vez mais e doravante.
Udo
Enviado por Udo em 08/02/2016
Alterado em 08/02/2016