TERCETOS ALGEMADOS
Vivo este conto tão real e amado,
que não lhe posso ser o que já sou.
E rasgando meu peito, assim, calado.
Ardendo aquela escolha que traçou
para um sofrer sequer dito e danado,
cuja ausência em você me confessou.
E a lonjura da escolha, este passado,
condenação do amor intermitente,
coloca-me de pé e dom algemado
Em algo que não sei mas que se sente.
Todo imóvel e agora torturado.
Mas de um amor-verdade que ora mente.
Udo
Enviado por Udo em 03/02/2016