O NASCIMENTO DA POESIA
Noite bandida, saudade tão dura,
O próprio peito sentindo o vazio
Sem possibilidade de cura.
Saudade sem nome, saudade sem jeito,
Difícil é dizer do que é que se sabe
Dessa saudade sem teto.
Difícil é dizer do que não se sabe
Ao certo o que é que se sente,
Sobre o tudo que se conhece
Da dor que na calada não mente.
Lua bandida, de tão bela me rouba
O olhar perdido que tenho nessa noite
Sem saber o que me afronta.
Essa é a mais fina lâmina que invade
O peito forte dos Vates
Para tirar rosas de suas carnes.
Udo
Enviado por Udo em 22/04/2007
Alterado em 22/04/2007